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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2012
Fui ao Parque da Cidade para ler o meu livro, em paz, sossegadita, enquanto apanhava um bocadinho de sol. Impossível. Estando sozinha há sempre aves raras que acham, do alto da sua sapiência, que me devem fazer companhia. E então é com cada abordagem...A sério, acham mesmo que alguma rapariga, no seu perfeito juízo, fica encantada convosco? Não fica amigos, não fica. Quando muito, fica incomodada, porque lhe tiraram o momento zen e ela não está para aturar grunhos que vão perguntar as horas (tendo um relógio no pulso...) a mascar chicla de boca aberta. Não contentes com isso, ainda se colam a olhar para o decote da pessoa como se fosse a última coca-cola no deserto. Haja subtileza. Ao fim de 3, fechei o livro e vim para casa.
"Os homens portugueses estão entre os mais bonitos do Mundo na revista Travelers Digest. A autora do artigo fez uma comparação entre dez cidades. Os portugueses aparecem em quarto lugar. O prim eiro pertence aos homens de Estocolmo. " Estou a fazer as malas...:p

Pensando no futuro...

Eu : Já sabes o que queres ser quando fores grande? R. (5 anos): Sim, bombeiro!! Eu: Ah, que fixe! E mais alguma coisa? R.: Não, bombeiro já chega. Vou ter uma família pequena, não preciso de ser muitas coisas. E apanhou uma florzinha minúscula do jardim, para me dar. Adoro-o, é mesmo fofinho!:)
Os livros foram a melhor invenção de todo o sempre e são eles que me têm ajudado a passar o tempo. As noites de Sábado são as mais difíceis. Devia (re)começar a pegar em livros técnicos, mas não tenho casos, não tenho doentes e a motivação para o estudo vai-se. Sinto-me cada vez menos Terapeuta da Fala.

Estados de alma

" Sentou-se sozinho, no escuro. A depressão abatera-se sobre ele, sem apelo nem agravo. Num minuto estava sentado à secretária a ler alguns ficheiros e no outro o imenso peso negro caíra sobre ele com toda a força. Já lhe havia acontecido antes, sem nenhum sentido vago de desconforto, nem tristeza avassaladora. Apenas aquela onda imensa de negrume que o enrolava na sua espuma. Apenas aquela mudança abrupta da luz para a escuridão. Não se tratava de desespero. O conceito de esperança tinha de ser um factor a ter em conta antes de abraçarmos a sua ausência. Não se tratava de desgosto, aflição ou raiva. (...) Era um vazio. Incomensurável, negro, irrespirável e arrastava-o com ele. Conseguia funcionar apesar dele; aprendera a fazê-lo. Se não funcionasse, as pessoas não o deixariam em paz e os seus cuidados e preocupações apenas iriam afundá-lo mais no fosso em que se encontrava. Podia andar, falar, existir. Mas não conseguia viver. Era assim que se sentia, quando se deixava puxar p...
Não sei como se passa nas outras cidades, mas na minha há um monte daquelas escolas, que não sei bem o que leccionam, se são cursos profissionais, se são equivalências ao 12º ano, não faço ideia. O que sei é que quando passo por lá, estão invariavelmente, à porta (e peço desculpa por estar a generalizar porque há sempre excepções) pessoas com um aspecto pouco confiável, sempre a fumar, a falarem aos berros, a atirarem lixo para o chão e a serem mal-ed ucadas com quem vai a passar. E não importa se são novos ou velhos, a educação ali não tem lugar. Não estou a falar decor, porque conheço professores e funcionários de duas das escolas, ouço histórias inacreditáveis, e admiro-os imenso porque, sinceramente, eu não conseguiria trabalhar num sítio com gente assim. E o mais bonito é que os "alunos" são pagos para frequentarem os ditos cursos. Lembrei-me disto hoje porque esta manhã fui à farmácia, que é lá perto, e de repente ouço um barulhinho e um senhor com a cara toda a sangra...

Notícias do dia

1) O mestrado que eu queria sempre vai abrir este ano. Tenho dois meses para pensar se me inscrevo ou não. Ai ai... se tivesse emprego nem pensava duas vezes, inscrevia-me e pronto. 2) O meu avô (86 anos) convidou uma amiga da mesma faixa etária para almoçar. O almoço foi feito por ele, bife com acompanhamento e a bela da salada de alface (e tinha mesmo bom aspecto!). Está-me cá a parecer que vou ter uma avó nova... 3) Hoje é o Dia da Poesia :)
Foi um bom Dia do Pai, porque o meu tráz sempre com ele todos os sonhos do mundo. Sonhos que me contagiam, porque ele é o melhor, todos os dias. :)

Lá isso é verdade...

E depois passa-se o fim-de-semana a pensar na mesma coisa, mas volta-se sempre a cair no erro. É a chamada burrice crónica. Há que manter a esperança de que o primeiro passo é admitir que se tem um problema.

D. quer

Vingançazinha

Hoje deixei-te a falar sozinho, fui embora e não sabes para onde (não fui para nenhum sítio especial, mas não interessa, o que interessa é que tu ficaste a pensar). ah ah ah (riso maléfico).
Pergunto-me sempre se as conversas que temos os dois pelo msn são próprias...e respondo-me sempre a mesma coisa "Não, não são."
Se a minha vida não dá uma volta vamos ter p roblemas...a questão é que não sei como fazer isso. Normalme nte as pessoas têm ou um namorado ou um emprego com que se ocupar, eu não tenho um nem outro. A minha vida é numa seca.

Ora então cá vamos...

Desafio lançado pela C.Spot , do blog My Chocolate Spot ... E as regras são as seguintes: Regras: 1) Escrever 11 factos aleatórios sobre ti; 2) Responder às perguntas que te foram propostas; 3) Fazer 11 perguntas para as próximas pessoas; 4) Escolher as próximas vitimas. Factos aleatórios: 1. Sou filha única e nunca gostei, sempre quis ter um irmão ou uma irmã; 2. Gosto de cantar (embora não o saiba fazer), e canto imenso quando estou sozinha em casa; 3. Adoro ler e a única coisa que me custa mesmo emprestar são os meus livros; 4. Colecciono caixinhas de música; 5. Um dia ainda pinto o cabelo de ruivo; 6. Tenho uma paixão por gatos. Já tive uma gata (rafeirinha e meiga que me apareceu à janela do quarto) que teve duas ninhadas de gatinhos e tudo :) 7. Detesto falar ao telefone; 8. Tenho fobia a agulhas e por isso fujo a 7 pés de ir ao médico; 9. Coro com muita facilidade e isso tira-me do sério; 10. Sou do mais pessimista que há, mas escondo bem; 11. Sou muito organizada e na faculdad...

Eu já desconfiava que ela era assim, cá por coisas...

Mora no Porto desde que nasceu. Ontem estava a tentar explicar-lhe onde era a Rua das Galerias de Paris e percebi que ela nem sabia bem o que era a Torre dos Clérigos. Quer dizer, "nem sabia bem" é uma forma simpática de expressão, porque na verdade ela achava que a Torre dos Clérigos era um relógio que há num edifício na Rua de Santa Catarina.
Soubesses tu que houve um antes em que tudo estava bem e que agora há um depois que em nada mais foi igual.
Pessoas da enfermagem do centro de saúde cá da terra: A sério, já chega. Eu tenho sido uma moça saudável, tenho as vacinas em dia, está tudo ok. Há muita gente a precisar de cuidados médicos, imensos velhinhos em casa a precisar de assistência. POR FAVOR parem de me marcar uma consulta de 3 em 3 meses e mais ainda, NÃO VOLTEM a ligar para o telemóvel do meu pai a dizer que me marcaram um papanicolau para Maio! O senhor ainda vai ter um ataque cardíaco. A sério que não é preciso. E depois há aquela coisa do sigilo e tal...é chato ligar para o pai da pessoa a dizer uma coisa destas. Estamos entendidos?

6 de Março - Dia Europeu da Terapia da Fala

O melhor dia do ano... :p este ano com o tema "Comunicação é mais do que fluência ".
O meu erro foi não nascer num bercinho de ouro. "O seu curriculo é bem bom menina, o seu problema foi não ter tido contacto com cavalos...". Quer apostar?

D., a fazer figura de ursa desde 1987

O meu primeiro doente, morreu. Não, não cheguei a tocar no senhor sequer, no dia em que ia fazer a sessão de avaliação ele entrou em coma e já não fui. Era tio de uma amiga minha (a amiga enfermeira que perdeu a avó na noite de Natal....sim, essa) e por isso lá fomos hoje à capela, dar um bocado de apoio. Chego lá eu e vejo a família (a mulher completamente apagada, e dois filhos, de 20 e poucos anos, desfeitos). Ora D., que faz? Vai dar um beijinho aos respectivos e dá por si de lágrimas a saltar dos olhos prestes a ter ali uma crise. Portanto, a ideia era EU dar apoio... Conhecia bem o senhor, já passei um fim-de-semana na casa de férias dele com a família da minha amiga, e tinha estima por ele, mas não éramos próximos. O que me tocou, como de costume, foi o sofrimento da mulher e dos filhos...e o imaginar que o senhor até era mais novo do que o meu pai e que o que os filhos dele estão a passar pode acontecer a qualquer um. Só essa ideia transtorna-me. Vai daí, pus-me logo a pensar q...

R., o desocupado

Eu: Então, que fizeste hoje na escolinha? R. (5 anos) : Pintei... Eu: Estiveste a pintar o dia todo? De manhã e de tarde? R .(ofendidíssimo): Olha...não estive só a pintar sempre sempre...também almocei...

E então...é isso...