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Acho mal, por acaso acho

Há certas pessoas que não têm mais nada que fazer da vidinha e põem-se a reflectir. A reflectir sobre o quê? perguntam vocês. E eu respondo: Sobre nada de especial, mas a partir do momento em que estes seres de renome entram em período de reflexão, os terapeutas professores da D. acham que os seus caros alunos têm de estar a par. Vai daí, a D., que nunca na vida tinha ouvido falar de certos e determinados psicólogos e cientistas - desocupados, de certeza - tem de ler os seus artigos todos de fio a pavio e toda a sua vida fica tomada por eles. E é interessante?, voltam vocês a perguntar. E eu torno a responder: Não, não é. Se fosse eu já tinha lido há muito tempo, não estava agora, a uma 6f à noite, agarrada a estes textos deprimentes e secantes! Pior!! Quando estes senhores pensaram nestas cenas, a Terapia da Fala ainda nem existia, e agora eu tenho de relacionar estes raciocínios brilhantes, com as práticas da minha futura profissão. Acho que é pedir um bocado demais, visto que os senhores na altura nem se lembraram disso... isto de facto, há gente que só vive do mal dos outros. Já o Descartes se armou em carapau de corrida com a Matemática e tramou-me no secundário, e agora vem este infeliz atazanar-me na faculdade!

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