Estou a estudar Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA). É uma das cadeiras de que mais gosto no curso (embora goste das outras todas e ande, neste momento, apaixonada por Surdez, Paralisia Cerebral e Afasias...pronto, ok, gosto de todas, já se percebeu.lol).
Esta disciplina faz especial sentido uma vez que há um número bastante significativo de pessoas que não é capaz de comunicar utilizando a fala, quer por estarem totalmente incapazes de o fazer, quer por esta não preencher todas as funções necessárias.
Como já acho um tormento quando não tenho oportunidade para falar ou dar uma opinião, posso supôr o desespero de quem não tem sequer hipótese de o fazer porque simplesmente está preso em si ou não tem interlocutor que o compreenda.
Já imaginaram como seria irmos para a China, sem saber o idioma, e ninguém falar a nossa língua nem fazer um esforço para nos entender?Já pensaram no sentimento de pânico de quem quer comunicar um qualquer acontecimento grave e não consegue?Já pensaram na frustação de não ser capaz, de nunca ser capaz, vezes e vezes seguidas? Pois é...por isso é que em CAA aprendemos a ser interlocutores ainda mais válidos e atentos, por isso é que construímos quadros de comunicação e aprendemos signos e sistemas alternativos à fala, porque assim estamos todos mais juntos e somos todos ainda mais iguais, e eu adoro esta igualdade que permite que todos tenhamos os mesmos direitos (teoricamente, pelo menos).
Se perdesse todas as minhas capacidades, todas elas menos uma, escolheria ficar com a capacidade de comunicar, porque com ela depressa recuperaria tudo o resto...
Esta disciplina faz especial sentido uma vez que há um número bastante significativo de pessoas que não é capaz de comunicar utilizando a fala, quer por estarem totalmente incapazes de o fazer, quer por esta não preencher todas as funções necessárias.
Como já acho um tormento quando não tenho oportunidade para falar ou dar uma opinião, posso supôr o desespero de quem não tem sequer hipótese de o fazer porque simplesmente está preso em si ou não tem interlocutor que o compreenda.
Já imaginaram como seria irmos para a China, sem saber o idioma, e ninguém falar a nossa língua nem fazer um esforço para nos entender?Já pensaram no sentimento de pânico de quem quer comunicar um qualquer acontecimento grave e não consegue?Já pensaram na frustação de não ser capaz, de nunca ser capaz, vezes e vezes seguidas? Pois é...por isso é que em CAA aprendemos a ser interlocutores ainda mais válidos e atentos, por isso é que construímos quadros de comunicação e aprendemos signos e sistemas alternativos à fala, porque assim estamos todos mais juntos e somos todos ainda mais iguais, e eu adoro esta igualdade que permite que todos tenhamos os mesmos direitos (teoricamente, pelo menos).
Se perdesse todas as minhas capacidades, todas elas menos uma, escolheria ficar com a capacidade de comunicar, porque com ela depressa recuperaria tudo o resto...
Daniel Webster
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