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A saga do Mestrado continua. Neste país para se fazer alguma coisa são necessários, de facto, muitos papéis e montanhas de paciência. Esta semana andei a tentar enviar o meu projecto para ser apreciado pelas comissões de ética. Digo-vos, é mais fácil sair o Euromilhões do que percorrer estes caminhos burocráticos. Se não falta um papel falta uma assinatura, se se tem um elo de ligação não se conhece o director de serviço, se com uns é tudo de uma facilidade brutal, com outros mais parece que temos um registo criminal que precisa de ser escrutinado com a maior das atenções. É cansativo, é desgastante e sobretudo parece que se tenta impedir que as pessoas progridam. Parece que interessa a alguém que as pessoas vão desistindo pelo caminho...
Vou continuando até quando der, mas tem sido mesmo a pulso e esta semana tive várias vezes vontade de mandar tudo ao ar. Chega a ser desesperante... ele, apesar de tudo, tem sido a pessoa que me ouve todos os dias. Não estamos juntos mas é como se estivessemos. Sei que é outro erro, mas neste momento, ainda que à distancia, tem sido um apoio importantíssimo.
Enfim...É difícil por si, e muito mais quando se trabalha 10h por dia todos os dias. Se conseguir finalizar este, nao me meto noutro tão cedo. E digo sempre isto.
 

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Hoje numa sessão de Terapia da Fala vi um menino de nove anos em sofrimento. Tem muitas dificuldades e é posto de parte pelos colegas na escola, batem-lhe, tratam-no mal...Contou-me que sabe que é diferente, que na turma dele há outra menina, que também é diferente, e que os outros gozam com ela, mas ele não, porque também tem problemas e sabe o que é não ter ninguém que nos apoie. Disse-me assim. Acrescentou que de manhã acordou tão feliz porque ia estar com o primo ao fim da tarde...e que depois na escola lhe bateram, não pôde fazer a aula de educação física e ficou lá num canto...que o dia foi uma tragédia. "Preciso de esvaziar o cérebro, não consigo parar de pensar nisto!". Tentei acalmá-lo, animá-lo, traçar um plano com ele, dizer-lhe como agir se uma situação semelhante voltar a acontecer. No fim, dei-lhe um abraço e ofereci-lhe uma caneta colorida e ele disse-me "Obrigada...pela caneta...por tudo. Acho que a minha vida é injusta. Obrigada por me ouvires." ...
Estava há pouco a dar no telejornal um estudo feito (não me lembro por quem) sobre a sexualidade dos povos que revelou que os Portugueses eram dos que tinham uma média de relações sexuais por semana, mais elevada. Duas vezes por semana. Numa entrevista de rua, várias pessoas diziam que achavam que não era verdade, que os inquiridos mentiram nas sondagens, que ninguém tinha tempo "para isso" duas vezes por semana. Eu por acaso nem acho muito, se tivermos em conta o preço da electricidade, é normal que os Portugueses ten ham optado por desligar as luzes e deixar de ver televisão, dedicando-se a actividades mais em conta. Juntando a isto o frio que tem estado...faz todo o sentido...:)