Não sou a favor da praxe. Nunca fui. Nem quando andava no secundário e via na Praça dos Leões os caloiros todos de joelhos no chão, nem enquanto estudante universitária, nem agora à distância. Quando soube que tinha sido colocada no Porto, aqui ao pé de casa fiquei mesmo contente mas adiei a matricula porque já sabia que quando lá fosse ia ter de os aturar e não me apetecia mesmo. No penúltimo dia lá tive de ir...e estavam de facto à porta de uma sala por onde tinhamos de passar. Na altura, meia atordoada pela confusão e sem saber muito bem o que esperar, lá dei o meu nome, deram-me um número de caloira e foram bastante simpáticos, dentro do género "somos-mesmo-bons-e-tu-querias-era-ser-como-nós". Quando saí dali sabia que não ía ser praxada. Ao primeiro dia não escapei, fizeram-nos uma espécie de guarda de honra e lá fomos todos fazer flexões e jogos que as crianças fazem no jardim de infância. Nada de especial mas também nada de dignificante para pessoas maiores de idade...