Sinto-me como se me estivesse a ver de cima. Ontem, do nada, ofereceu-se para ir fazer comigo a minha caminhada matinal. Que precisava de incentivo para sair de casa, de motivação...perguntou mais do que uma vez...não consegui fugir. Não quis dizer que não e a verdade é que achei que na última hora, como sempre, as coisas não iam adiante e eu não ía ter de o ver após dois anos de ausência. Combinámos hora e sítio. Bem cedo, pela fresca, que eu já coro o suficiente sem precisar de 40 graus à sombra. Foi a pior noite da minha vida, os nervos não me deixaram pregar olho. Resultado, fui de directa. E ele lá estava, sorridente, à minha espera. Cumprimentou-me como se tivéssemos estados juntos ontem. Eu estive sempre estranhamente calma, como se a adrenalina de antes se transformasse em vazio...Foi muito surreal. Conversámos imenso, até nos rimos e tudo...mas acho que pairou sempre a sensação de não estarmos a falar do que realmente importava. Uma manhã estranhamente normal. Porém, num momen...