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Descoordenações

Ando intrigada com uma pergunta que toda a gente me faz, ultimamente. Passo a explicar...eu sou assim a modos que descoordenada dos pés. Tem dias que tropeço 4 vezes na mesma coisa. Nas férias, pouco habituada a calçar havaianas, ia ficando sem o dedo mindinho porque bati com ele num parafuso gigante que se encontrava no meio de um passeio...Enfim, há dias que correm bem, mas há outros em que a minha ataxia se revela. Hoje, por exemplo, estava a biblioteca da faculdade cheia como um ovo, cadernos espalhados por todo o lado, pessoas sentaditas a estudar no chão e aqui a inocente da D. abaixa-se para ir a uma prateleira buscar um livro. Até aqui tudo na paz dos anjos. A parte desastrosa acontece quando eu me levanto, já com o dito livro na mão, rodopio em direcção à porta, enlaço o pé num dos múltiplos fios do telefone e aquilo cai, de forma estrondosa, no chão.
A vergonha...o pânico...a vontade de matar muito o telefone. Do fundo ouve-se uma vozinha estridente de um caloiro "Ninguém viu!!" (do género "pronto queriduxa, cutxi-cutxi, tropeçaste, fizeste asneira mas amanhã já ninguém se lembra, não precisas de corar...")
E de seguida, a funcionária da biblioteca olha para mim com ar de desprezo e coloca a pergunta que tanto me faz pensar...: "Oh menina, então não viu que estava aí o fio do telefone??"
Vi, claro que sim, e enfiei o pé milimetricamente de modo a não haver hipótese de não tropeçar! O meu objectivo era destruir toda a linha telefónica da faculdade, quem sabe do Politécnico inteiro! Mas por que raio é que eu havia de ter visto e feito aquele estardalhaço todo de propósito??
O caso não seria tão grave, se o meu pai não me fizesse exactamente o mesmo tipo de comentário de cada vez que eu vou contra qualquer coisa aqui em casa - "Então tropeças na passadeira?Não sabes olhar para o chão??" (Vi, pai querido, mas como se olhar para o chão bato com a testa na parede, decidi olhar para a parede e tropeçar na passadeira...há que fazer escolhas!)
Arre...

P.S.- Ao colocar o telefone no sítio ainda consegui virar uma jarra de flores com água e tudo... :/

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Esta coisa da gestão das relações humanas e dos mal entendidos deixa-me exauridinha.    

Adeus Amor Adeus ou a Poesia

Eu quero remar, Eu quero remar mas já desististe De tanto chorar, de tanto chorar E eu não sou de largar, não sou de largar Até o teu sorriso ficou triste Mas já não te prendo Adeus, amor adeus Não queres ficar E eu aceno e finjo que entendo Que no teu barco falte eu Até um dia, amor adeus Até ao dia em que nos teus braços falte eu Até ao dia em que nos teus braços falte eu Amor, adeus Até um dia Amor, adeus E o grito seja mudo Eu quero pedir mas tu já não mudas E o que há de bonito no mundo Não seja nada sem mim Eu quero pedir Nem sei existir De tanto te ouvir De tanto te ouvir Calaram-se as vozes E eu nem sei existir Adeus, amor adeus Sem ser nos teus passos Tu queres sair E a mentir digo que ultrapasso Até um dia, amor adeus Amor, adeus Até ao dia em que nos teus braços falte eu Que no teu barco falte eu Amor, adeus Até um dia Até ao dia em que nos teus braços falte eu Até ao dia em que nos teus braços falte eu E o grito seja mudo E o que há de