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CAA

Estou a estudar Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA). É uma das cadeiras de que mais gosto no curso (embora goste das outras todas e ande, neste momento, apaixonada por Surdez, Paralisia Cerebral e Afasias...pronto, ok, gosto de todas, já se percebeu.lol).
Esta disciplina faz especial sentido uma vez que há um número bastante significativo de pessoas que não é capaz de comunicar utilizando a fala, quer por estarem totalmente incapazes de o fazer, quer por esta não preencher todas as funções necessárias.
Como já acho um tormento quando não tenho oportunidade para falar ou dar uma opinião, posso supôr o desespero de quem não tem sequer hipótese de o fazer porque simplesmente está preso em si ou não tem interlocutor que o compreenda.
Já imaginaram como seria irmos para a China, sem saber o idioma, e ninguém falar a nossa língua nem fazer um esforço para nos entender?Já pensaram no sentimento de pânico de quem quer comunicar um qualquer acontecimento grave e não consegue?Já pensaram na frustação de não ser capaz, de nunca ser capaz, vezes e vezes seguidas? Pois é...por isso é que em CAA aprendemos a ser interlocutores ainda mais válidos e atentos, por isso é que construímos quadros de comunicação e aprendemos signos e sistemas alternativos à fala, porque assim estamos todos mais juntos e somos todos ainda mais iguais, e eu adoro esta igualdade que permite que todos tenhamos os mesmos direitos (teoricamente, pelo menos).

Se perdesse todas as minhas capacidades, todas elas menos uma, escolheria ficar com a capacidade de comunicar, porque com ela depressa recuperaria tudo o resto...
Daniel Webster

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Esta coisa da gestão das relações humanas e dos mal entendidos deixa-me exauridinha.    

Adeus Amor Adeus ou a Poesia

Eu quero remar, Eu quero remar mas já desististe De tanto chorar, de tanto chorar E eu não sou de largar, não sou de largar Até o teu sorriso ficou triste Mas já não te prendo Adeus, amor adeus Não queres ficar E eu aceno e finjo que entendo Que no teu barco falte eu Até um dia, amor adeus Até ao dia em que nos teus braços falte eu Até ao dia em que nos teus braços falte eu Amor, adeus Até um dia Amor, adeus E o grito seja mudo Eu quero pedir mas tu já não mudas E o que há de bonito no mundo Não seja nada sem mim Eu quero pedir Nem sei existir De tanto te ouvir De tanto te ouvir Calaram-se as vozes E eu nem sei existir Adeus, amor adeus Sem ser nos teus passos Tu queres sair E a mentir digo que ultrapasso Até um dia, amor adeus Amor, adeus Até ao dia em que nos teus braços falte eu Que no teu barco falte eu Amor, adeus Até um dia Até ao dia em que nos teus braços falte eu Até ao dia em que nos teus braços falte eu E o grito seja mudo E o que há de